Agosto não foi um mês bom para a economia, como a gente dizia aqui no Jornal da Gazeta, na semana passada. As vendas do comércio de varejo a e produção da indústria recuaram em relação à julho. Como a gente acabou de ver, outro número da economia confirma o diagnóstico. É uma conta que o Banco Central faz para tentar ver para onde vai o crescimento econômico, do PIB, um índice chamado IBC-BR. Por esse número, a economia encolheu em agosto. Quer dizer, a renda e a produção foram menores que em julho. Um pouco pior, os números de crescimento em junho e julho foram um pouco piores do que havia sido anunciado antes. Foram revisados pra baixo. È motivo de alarme? Como a gente disse na semana passada, não. Primeiro e mais importante, em relação ao ano passado a economia continua a crescer, a ficar cada vez mais longe da recessão horrenda.
O crescimento da economia neste ano, até agora, em relação a 2016 é 0,3%, um quase nada, mas é. Mais importante, desde junho a economia vai se recuperando em relação ao ano passado.
Segundo, o resultado de um mês só não diz grande coisa, esteja a economia indo bem, mal ou se recuperando.
Terceiro, os indícios do que aconteceu em setembro não são ruins. Ainda não há grandes medidas oficiais do resultado do mês passado, mas há sinais, aqui e ali, que a economia voltou a andar no azul.
Quarto, o mercado de trabalho começou a se recuperar um pouquinho. O total de salários na economia cresce. As taxas de juros estão caindo. As pessoas estão um pouquinho menos endividadas.
Resumo da ópera: o mês de agosto não mudou grande coisa em relação ao que se imaginava para o ano. Pequena recuperação econômica, com crescimento de menos de 1% neste ano. A sensação de que as coisas parecem começar a melhora de fato, no mundo real, para a maioria das pessoas começa a surgir apenas ali por volta do Natal.