Pelo menos três integrantes da Polícia Militar do estado de São Paulo – incluindo um coronel – são detidos por suspeita de exploração ilegal de jogos de azar e lavagem de dinheiro. A repórter Carla Rodeiro está na sede da PM paulista, no centro da capital, e tem mais informações.
Não se pode dizer, por enquanto, que o coronel detido é um criminoso. Mas a descoberta dessa quadrilha traz questões interessantes. Por que não são divulgados nomes de policiais presos? Eles têm status especial? Não tem, mas tem amigos e poder, numa democracia mambembe. O coronel Furtado, que não se perca pelo nome, é velho conhecido de políticos paulistas. É amigo de José Maria Marin, presidiário que governou São Paulo na ditadura. Por indicação do governo tucano, foi chefe de gabinete. De que secretaria? A da Justiça! Dado a vaidades intelectuais, recentemente o coronel escreveu artigo numa revista de assuntos jurídicos. O artigo termina assim: “os governadores de estado, é a grande verdade, precisam cuidar melhor de suas polícias militar e civil, dando-lhes melhores condições de trabalho. O banditismo não pode deixar a sociedade intranquila e amedrontada!!” Não pode, mesmo, coronel. Boa sorte!
