Pois a novela pela independência da Catalunha ainda não acabou. E no capítulo de hoje, a Suprema Corte da Espanha revogou o pedido de extradição de Carles Puigdemont. Esse cidadão está exilado na Bélgica, depois da imensa confusão que provocou em primeiro de outubro. Foi a data do referendo, que ele convocou à revelia do governo central de Madri, para tentar forçar a independência da região da qual ele era, na época, uma espécie de governador. O governo da Espanha então dissolveu o parlamento regional e convocou novas eleições para o próximo dia 21. A ideia é enterrar o pesadelo separatista, como presente do Papai Noel espanhol. Pois começou hoje a campanha eleitoral par a escolha de um novo parlamento catalão. Pelas pesquisas, a turma favorável à independência está em minoria. Uma minoria ainda apertada, que pode encolher, se der certo o plano do governo espanhol de baixar as tensões. Um instituto de pesquisas diz que o assunto, que já esteve em segundo lugar nas preocupações dos espanhóis, caiu agora para a quarta colocação. Mesmo assim, a farra da independência ainda está custando muito caro. 2.900 empresas se retiraram da Catalunha. Ou seja, deixaram de pagar impostos para o governo regional catalão. As duas últimas a irem embora, foram um grande frigorífico e uma multinacional italiana de pneus. O turismo também é um setor importante da economia espanhola. Pois o faturamento este ano tem sido em 2,5% maior em todas as regiões do país. Com a exceção da Catalunha, onde o turismo caiu 5%. E ainda tem gente que acredita que brigar pela independência da Catalunha foi uma boa ideia. Mas, vejam vocês, as ideias ruins são contagiosas. Anteontem, na ilha da Córsega, os autonomistas tiveram 47% dos votos nas eleições territoriais. E querem agora rediscutir a relação com a França. Mas o problema agora não é mais espanhol. É problema para o presidente francês, Emmanuel Macron. É assim que o mundo gira. Boa noite.
