A ditadura da Venezuela vai muito mal, obrigado. Temos hoje três novidades. A primeira são as eleições para governador, nos 23 estados em que o país se divide. Essas eleições deveriam ter acontecido em dezembro. Mas a ditadura as empurrou para o mês que vem, para o dia 15 de outubro. O ditador Nicolas Maduro ameaça vetar os candidatos da oposição, que não reconheçam esse objeto de ficção política, que se chama Assembleia Constituinte. E hoje, dentro dessa constituinte de mentirinha, surgiu a ameaça de cassar os candidatos da oposição, supostamente culpados pelas 120 mortes, registradas durante as recentes manifestações de rua. A manobra consiste, como era previsível, em barrar uma vitória dos oposicionistas. A segunda novidade vem da saúde pública. No sábado, cinco mulheres deram à luz no chão de uma maternidade. Não tinham nem macas, para dar o mínimo de dignidade no momento do parto. E o serviço responsável pela saúde dos recém-nascidos, diz que a mortalidade de bebês está subindo por falta de vacinas. Vocês então podem me perguntar, como é que sobrevive essa porcaria de regime político. Não é só culpa das forças armadas, que foram cooptadas e corrompidas pelos bolivarianos. Mas isso se engata à terceira novidade. Tem muito dinheiro chegando de fora. O dinheiro vem da China e da Rússia, que encontraram um bom pretexto para colocar os pés na América Latina. Os chineses já emprestaram nos últimos anos 65 bilhões de dólares, e pagam antecipadamente pelo petróleo que estão comprando. Os russos vendem armas e já conseguiram vantagens numa base militar. Os Estados Unidos também têm uma torneira preciosa nas mãos. Poderiam deixar de importar os 700 mil barris de petróleo que compram por dia. Mas o presidente Donald Trump não quer briga com as grandes empresas petrolíferas americanas. Trump está bem mais preocupado com a Coreia do Norte. É assim que o mundo gira. Boa noite.