Lula preso. Voracidade, forma, urgências política, midiática e jurídica desse processo cobrarão, rapidamente, um preço. Preço cada dia maior num ano eleitoral.
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Cobrarão ao menos uma cabeça grande do “outro lado”. Não só do MDB. Ou de um Paulo Preto; cobrarão cabeça de um dos chefes do PSDB.
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Voracidade, urgência. Essa a lógica Política e Midiática imposta via Justiça.
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Mesmo os mais lentos perceberam a pressa. Devorados sofregamente os prazos, Lula foi oficialmente condenado pelo TRF/4 em 24 de janeiro.
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Na prática foi condenado 1 ano e 4 meses antes. Em 22 de setembro de 2016. Naquele dia esse mesmo TRF/4 julgou representação contra Moro.
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O juiz havia vazado conversa entre Lula e Dilma; que não era investigada naquele processo.
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Longo trecho daquela conversa gravada ilegalmente. Segundo Teori e Marco Aurélio, do Supremo, ao vazar, e no mesmo dia, o juiz agiu “fora da lei”. Cometeu “crime”.
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Mas esse mesmo TRF/4 que julgaria Lula absolveu Moro, por 13 a 1…
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…E informou: a Lava Jato não precisaria seguir regras do Direito comum. Teria direito a “soluções inéditas”.
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Presidente, assessores do Tribunal indicaram, até cobraram publicamente condenação.
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Juízes, editoriais, generais…Tudo mais seria crônica da anunciadíssima condenação.
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Para outros o estrondoso silêncio. Palocci disse a Moro que poderia entregar bancos e Mídias. Cadê? Não tinha provas? Prevaricam?…
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… Janot saiu, Dodge entrou. Procuradores não aceitaram mais nem uma delação: Palocci, OAS. Nada. Por quê?
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Partidos, candidatos que queiram aprender como derrotar Lula, nas urnas, já têm um manual. Um tutorial.
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Basta ler, ver ou ouvir, entender a despedida em São Bernardo.
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Entender por que, daquela forma e para quem, a apresentação de cada um dos que estavam no palanque. E os 55 minutos do discurso.
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Entender o como e o porquê aquele conjunto de mensagens para os que estavam na rua… Nas ruas.
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“(…) não sou mais um ser humano, sou uma ideia” não é só uma frase para a História.
