A Venezuela está muito perto de uma rebelião, a 10 dias de uma farsa política, apelidada de constituinte, e que foi convocada pela ditadura de Nicolas Maduro. O monstrengo não terá o voto universal e popular. Se o povo fosse às urnas, o governo seria derrotado. Enquanto isso, a oposição promoveu, domingo passado, um referendo de repúdio à iniciativa do governo. Conseguiu a participação de 7 milhões de Venezuelanos. Ou 85% dos eleitores, nas regiões em que a consulta foi possível. E ontem, quinta-feira, nova manifestação de força, com uma greve geral, em que a polícia bolivariana matou quatro manifestantes. Já são agora mais de 100 desde o final de março. E o parlamento colocou hoje uma cereja em cima do bolo. Escolheu 33 novos Ministros para o Superior Tribunal de Justiça. Acontece que os ministros escolhidos pela ditadura bolivariana, ameaçam prender os novos ministros que foram agora indicados. O parlamento, eleito no final de 2015, tem dois terços dos deputados da oposição. Mas não é apenas uma briga entre o grupo da oposição contra o grupo do governo. Os serviços públicos entraram em colapso. Uma cesta básica custa quase 19 vezes o salário mínimo. O Mercosul deu hoje uma estilingada em Nicolas Maduro. A união europeia ameaça a Venezuela de sanções. O Presidente Donald Trump também ameaça, por causa da farsa da constituinte. Os estados unidos compram um terço do petróleo da Venezuela. Sem vender petróleo para os americanos, o país, que já está com a economia no chão, corre o risco de implodir. A China, que tem emprestado muito dinheiro à Venezuela, não poderia fazer nada. Mas a ameaça americana é uma bobagem. Ela serviria para reunificar os bolivarianos, que agora estão divididos. A verdade é que o cheiro agora é de pólvora e dinamite. Governos estrangeiros, entre eles o Brasil, já estudam planos para proteger os seus cidadãos. É muito grave. É muito triste. Bem ao estilo da esquerda falida bolivariana. É assim que o mundo gira.