O Brasil perdeu empregos com carteira assinada em novembro. Foi um susto. Foi uma frustração até para quem sabe que a economia melhora na velocidade das lesmas.
Mas o resultado ruim de novembro significa que voltamos a andar para trás? Não.
Primeiro, é preciso explicar que os meses de novembro e, ainda mais, de dezembro, costumam ser os mais fracos, mesmo em anos bons.
A indústria contrata gente extra lá pela metade do ano, para aumentar a produção para a época de festas. No final do ano, demite. A agricultura perde gente nesta época, as escolas também.
Segundo, a situação do emprego formal continua despiorando. Na comparação com o ano passado, o número de empregos perdidos foi diminuindo.
Por exemplo, no auge da crise, em maio do ano passado, o emprego diminuía a uma taxa de 4% ao ano. Agora, está perto de zero.
Ou seja, 2017 deve fechar com quase o mesmo número de empregos formais que 2016. Não é uma melhora, mas enfim paramos de piorar.
Sim, chegamos a um nível bem baixo. Perdemos quase 3 milhões de empregos formais em relação ao máximo, que tinha acontecido em 2014. Estamos no mesmo nível de 2012.
Onde a coisa está pior? Como a gente já contou várias vezes aqui, a situação ainda está muito feia na construção civil. Os outros setores estão perto de entrar no azul ou já entraram, já têm mais empregos.
Outro desastre do emprego é o Rio de Janeiro. Quase todo o país está para entrar no azul. O Rio está longe disso. O Brasil perdeu 170 mil empregos formais em um ano. O Rio, 120 mil.
Por que a construção vai mal? Porque o governo cortou brutalmente o investimento em obras. Porque o setor imobiliário construiu demais nos anos anteriores, ficou com um encalhe. Porque as obras do petróleo foram à breca.
O caso do Rio é uma mistura de pragas. O Estado depende do petróleo, que perdeu valor. As obras erradas do setor do petróleo, do governo Dilma, foram paradas. O governo do Estado é uma bagunça criminosa e está muito falido, não paga ninguém. A economia do Estado inteira foi para o vinagre.