Os horrores do tráfico, no Rio de Janeiro não apareceram ontem. São décadas de organização do crime em facções, de domínio progressivo de vários bairros pobres. É um desastre que começou faz mais de 30 anos.
A volta do clima de salve-se quem puder é culpa dos governos recentes, da gangue de Sérgio Cabral. O medo de perder a vida para uma bala em cada esquina, o terror urbano, voltou com força porque o governo de Pezão não tem autoridade, organização e recursos. O tráfico contra-ataca com tudo.
O que isso tem ver com a economia? Em parte, tem a ver.
O Rio tem umas piores situações econômicas do país nesta crise. O Rio e o Nordeste.
Por exemplo, ontem saíram os dados do emprego com carteira assinada até agosto. No Brasil, o emprego com carteira assinada aumentou um pouquinho neste ano, menos de 0,5%. Em São Paulo, cresceu quase 1%. No Rio, ainda despenca mais de 2%. Em Sâo Paulo, foram criados mais de 100 mil empregos com carteira. No Rio, com um terço da população de São Paulo, desapareceram quase 80 mil empregos formais.
No varejo, as vendas pararam de cair em São Paulo. No Rio, ainda afundam.
O que aconteceu? É verdade que a baixa mundial dos preços do petróleo causou problemas no Estado, que depende muito disso. Essa crise destruiu empregos e tirou receita do governo estadual. Mas o governo do Rio criou um monte de despesas permanentes, gastos com funcionalismo, os que mais cresceram no país. Mas a receita do petróleo era variável. Quando esse dinheiro minguou, veio o desastre. O governo do Rio, além de incompetente, era um dos mais corruptos do país. O fim das obras malucas e mal pensadas no governo Dilma, obras de refinarias, prejudicou também o Estado.
No fundo, o grande problema veio desses governos corruptos e incompetentes do PMDB, do grupo criminoso de Sérgio Cabral.
O Estado está quebrado, não paga os funcionários, não tem dinheiro para hospital, tem de pedir ajuda das Forças Armadas para ter polícia bastante. Não tem autoridade, está desmoralizado e não sabe o que fazer. O resultado da incompetência administrativa e econômica é a volta do terror.